Com um valor global anual de 750 mil euros e periodicidade bienal, o Prémio Fidelidade Comunidade já ajudou dezenas de instituições por todo o país, apoiando e capacitando instituições que atuam na inclusão social de pessoas com deficiência ou incapacidade na prevenção em saúde e no envelhecimento. A propósito do lançamento da 5ª edição desta iniciativa, estivemos à conversa com Jorge Magalhães Correia, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Fidelidade.
De que forma é que o Prémio Fidelidade Comunidade se integra no entendimento que a Fidelidade tem da sua responsabilidade social?
Em 2017, decidimos avançar com o Prémio Fidelidade Comunidade para estruturar melhor a nossa resposta, até aí demasiado dispersa, a algumas das problemáticas com que lidamos diariamente na sociedade. Neste contexto, o nosso foco é o apoio a instituições que atuam no âmbito da inclusão social de pessoas com deficiência ou incapacidade, da prevenção em saúde e do envelhecimento.
Queremos contribuir para que estas organizações sejam mais sustentáveis, potenciando a eficiência e a capacidade de resposta que têm nas suas áreas de intervenção.
Mas, no fundo, o prémio nasce do propósito humanista e da consciência social que estão enraizados na nossa organização. Costumamos dizer que a humanidade é uma porta que se abre por dentro, e todos nós, no Grupo Fidelidade, temos a obrigação de abrir essa porta, de ter um impacto positivo na sociedade em geral, e em especial na vida dos nossos clientes e parceiros.
Neste contexto de resposta aos problemas da sociedade, que importância atribui ao fortalecimento do setor social?
Ao longo destes seis anos do Prémio Fidelidade Comunidade, fomos positivamente surpreendidos com o trabalho e a resiliência das organizações sociais, bem como pela qualidade das suas respostas e pela capacidade de inovação. O setor social contribui muito para a resiliência e a coesão da nossa sociedade. Existirão em Portugal cerca de 76 mil organizações sociais, desde as associações às IPSS. São, na sua maioria, estruturas nascidas do voluntariado de pessoas que se organizam com um propósito nobre, enfrentando os problemas das suas comunidades. O nosso entendimento é que as empresas não se podem alhear deste movimento.
Na Fidelidade, esse envolvimento é natural e genuíno, pois o que fazemos diariamente é colocar recursos e experiência ao serviço das pessoas. E, por isso, no Prémio Fidelidade Comunidade procuramos fazer uma abordagem diferente. Não nos limitamos a financiar projetos, acompanhamos com proximidade todo o processo. É um acompanhamento muito próximo e humano, e que cruza, sempre que possível, os projetos que acompanhamos no âmbito da nossa comunidade com ações de voluntariado com os nossos colaboradores. Gosto de acreditar que é este acompanhamento humano, próximo e cuidado que nos distingue enquanto empresa.
Na apresentação do prémio, este ano existe uma ênfase particular nas parcerias, na sustentabilidade dos projetos, e na robustez das entidades. Qual é a motivação para esta abordagem às instituições do setor social?
As parcerias são uma novidade que decidimos introduzir nesta edição, e que decorre da nossa experiência nestes últimos seis anos de prémio. Na nossa perspetiva, para termos impacto precisamos de escala e, com esse objetivo, temos de contribuir para a diminuição da granularidade e fomentar o trabalho em parceria. O que, estou em crer, permitirá uma escala e uma ambição maior às entidades envolvidas.
Gosto de acreditar que é este acompanhamento humano, próximo e cuidado que nos distingue enquanto empresa.
De uma forma mais geral, achamos que as instituições do setor social, e consequentemente a sociedade, teriam muito a ganhar com o aumento da colaboração e das parcerias em torno de um objetivo comum. Hoje temos uma Comunidade Fidelidade que é verdadeiramente nacional e que chega a todos os cantos do País, mas se aumentarmos a colaboração e a entreajuda podemos melhorar, e muito, o impacto positivo que temos na sociedade.
Simultaneamente, quando privilegiamos parcerias estamos também a fortalecer esta noção de comunidade, que é tão importante para nós.
O prémio vai na sua quinta edição, tendo a Fidelidade investido já 2.250 milhões de euros em 74 projetos, ao longo de quatro edições. São montantes importantes numa iniciativa já com alguma continuidade. Qual a importância desta iniciativa no contexto político de sustentabilidade da Fidelidade?
Na Fidelidade, costumamos dizer que a sustentabilidade é o “core” do nosso negócio. O que fazemos através do Prémio Fidelidade Comunidade, mas também no nosso dia a dia, é proteger a nossa comunidade no presente e no futuro, contribuindo para o sucesso dos projetos das organizações sociais que integram a nossa comunidade. Queremos contribuir para que estas organizações sejam mais sustentáveis, potenciando a eficiência e a capacidade de resposta que têm nas suas áreas de intervenção. Este aspeto faz parte do nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável da sociedade, através do fortalecimento do setor social.
Fomos positivamente surpreendidos com o trabalho e a resiliência das organizações sociais, bem como pela qualidade das suas respostas e capacidade de inovação.
Como referiu, no âmbito do prémio existe um acompanhamento dos projetos premiados. Em que medida é que este acompanhamento é importante para o sucesso dos projetos?
A forma como fazemos o acompanhamento destes projetos é essencial para o sucesso e ecácia destes. O nosso trabalho não se esgota na atribuição do Prémio Fidelidade Comunidade. Não se esgota com o cheque que passamos. Mais do que um apoio a projetos específicos, este prémio representa uma porta de entrada numa comunidade, a Comunidade Fidelidade. A partir desse momento, a Fidelidade continua a acompanhar de perto o desenvolvimento organizacional destas entidades, com quem mantemos um contacto muito próximo. E neste contexto, tiramos partido da nossa história, das nossas competências e da nossa capacidade de envolver as empresas do grupo, fornecedores, clientes e parceiros de negócio.
Perto do lançamento da 5ª edição do prémio, que balanço pode ser feito e que evolução terá esta iniciativa?
Estamos naturalmente satisfeitos com a forma como o Prémio Fidelidade Comunidade se tem vindo a consolidar como um dos maiores de Portugal. A nossa Comunidade Fidelidade não pára de crescer e a diferença que fazemos é cada vez maior. Nesta 5.ª edição queremos chegar a mais pessoas e aumentar a capilaridade desta nossa comunidade. Diria que é essa a nossa grande ambição.
Prémio Fidelidade Comunidade tem candidaturas abertas até 31 de outubro
Projetos e instituições nas áreas do envelhecimento, prevenção em saúde e inclusão social
O Programa de Responsabilidade Social da Fidelidade alicerça-se no envolvimento com a comunidade e assume-se como um compromisso com o fortalecimento do setor social, investindo, apoiando e capacitando as organizações da economia social.
Os eixos prioritários de atuação do Programa de Responsabilidade Social da Fidelidade centram-se na longevidade, incluindo o bem-estar no envelhecimento, a prevenção em saúde e a inclusão de pessoas com deciência ou incapacidade.
Neste contexto, a Fidelidade criou o Prémio Fidelidade Comunidade, dirigido a instituições cujo trabalho se foca nestas áreas, com o propósito de fortalecer estas instituições contribuindo para a sua robustez e promovendo a sua sustentabilidade.
Com uma periodicidade bienal, o prémio vai na sua quinta edição, tendo a Fidelidade investido já 2.250 milhões de euros em 74 projetos, ao longo das quatro edições já realizadas.
[incontent]Poderão candidatar-se ao Prémio Fidelidade Comunidade pessoas coletivas de direito privado sem fins lucrativos (com exceção das fundações-empresa), desde que atuem dentro das áreas da inclusão social de pessoas com deficiência ou incapacidade, da prevenção em saúde, ou do envelhecimento.
As candidaturas à 5.ª Edição do Prémio Fidelidade Comunidade decorrem de 3 a 31 de outubro de 2023.
Para mais informações, visite premio.fidelidadecomunidade.pt.